quinta-feira, 19 de maio de 2011

AULA 8 - Depreciação


De modo geral depreciação é a perda do valor inicial de um bem por uso, desgaste ou obsolescência.
Outros Conceitos de Depreciação: 




  • Física:Interpretada como sendo a perda de valor pelo desgaste do bem. No caso de uma máquina ou equipamento, por exemplo, o desgaste será devido não somente à sua utilização normal, mas também à ação do tempo e das intempéries.

  • Econômica:Interpretada como sendo o declínio sofrido na capacidade que o bem apresenta em gerar receitas. Se, ao longo do tempo, diminui o valor da produção de um equipamento, este experimentará uma correspondente redução no seu valor intrínseco. O declínio no valor líquido de produção decorre da exausto física do equipamento, da obsolência do equipamento e do próprio produto. As constantes inovações tecnológicas, e mesmo as mudanças no gosto dos consumidores, podem fazer que um bem se torne de utilização antieconômica, ou obsoleto.

  • Contábil:Correspondente a uma estimativa da perda de valor sofrida pelo bem, com finalidade de efetuar um registro contábil. Visando fazer face á perda de valor sofrido pelo bem é que surgiu a depreciação contábil: periodicidade seria efetuada uma apropriação de recursos, num montante que traduzisse a perda de valor experimentada pelo bem durante o período considerado, procurando-se constituir uma reserva, a qual é chamada de fundo de depreciação, de tal modo que fosse possível a aquisição de um novo bem quando o atual estivesse considerado como de utilização antieconômica.
Para entender, porém, em termos mais técnicos o que é depreciação precisa-se antes saber o que significa ativo imobilizado.
Ativo imobilizado é representado pelos bens destinados à manutenção das atividades da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os de propriedade industrial ou comercial. Exemplo: computadores, imóveis, móveis e utensílios, veículos, instalações.
Depreciação é, então, a diminuição parcelada do valor de compra (valor inicial) dos bens do ativo imobilizado, resultante do desgaste pelo uso, da ação da natureza e obsolescência normal.

Com base na Instrução Normativa nº 162/98, da Secretaria da Receita Federal, as seguintes taxas podem ser praticadas:

Tipo de bem
Vida útil (anos)
Taxa anual
Caminhões e ônibus
4
25%
Instalações industriais e comerciais
10
10%
Embalagens
5
20%
Ferramentas eletromecânicas
5
20%
Computadores, periféricos, softwares, equipamentos de comunicação
5
20%
Modelos de fundição
3
33,33%
Tapetes e outros revestimentos
5
20%



|  DICA| 


UM POUCO DE CONTABILIDADE!!!

Contabilidade da Depreciação
Como norma básica a lei das sociedades por ações dispõe:
No Balanço Patrimonial os elementos do Ativo Imobilizado serão registrados pelo custo de aquisição, deduzido o saldo da respectiva conta de depreciação, amortização ou exaustão. A diminuição de valor dos elementos do Ativo Imobilizado será registrada periodicamente nas contas de depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que tenham por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência.
As depreciações vão sendo registradas a cada ano em contas específicas acumuladoras de saldo e em contrapartida esses valores serão computados como custo ou despesa operacional, em cada exercício social. Quando o bem chega a 100% de depreciação e ainda existir fisicamente (caso normal nas empresas) deixa de ser depreciado. O Ativo é baixado contabilmente quando for vendido, doado ou quando cessar sua utilidade para a empresa.
Do ponto de vista econômico, e este é o conceito que deve ser adotado em estudos de investimentos, a depreciação não é considerada como um custo, mas como uma fonte de recursos para as operações da firma que poderá ser utilizada a critério da administração.
A depreciação é um custo ou despesa operacional sem desembolso.

Baixa do Ativo Imobilizado
Os motivos mais freqüentes para a baixa do Ativo Imobilizado são a venda ou a cessação de utilidade para a companhia. Em qualquer dos casos, é necessário que o valor do bem baixado seja retirado contabilmente dos registros da empresa.
Se o bem for vendido, o resultado contábil da baixa (lucro ou prejuízo) será a diferença entre seu valor pelo qual o bem for vendido e seu valor contábil, que por sua vez é o custo original menos a depreciação acumulada.
Se o seu valor contábil for nulo, no caso de já estar totalmente depreciado, o valor da venda será o lucro da transação.
Se o bem for baixado por motivo da cessação de utilidade (obsolescência, danos irreparáveis, etc), e ainda tiver valor contábil, este será o valor da perda que irá para a demonstração de resultados.
Uma firma A que compre um equipamento usado de uma firma B iniciará o processo de depreciação sobre este equipamento (baseando-se no valor da transação), mesmo que este equipamento já tenha sido totalmente depreciado na contabilidade da firma B. Vemos, pois, como podem surgir vantagens para firmas de um mesmo grupo, mas que sejam pessoas jurídicas independentes, ao transacionarem equipamentos usados entre sí.

Apresentação nas Demonstrações Financeiras

NO BALANÇO PATRIMONIAL:
NA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
A depreciação deve ser apropriada ao custo de produção (é um custo indireto de fabricação) ou então como despesa de depreciação no grupo de “outras despesas operacionais”.
O prejuízo ou lucro na baixa do Ativo Imobilizado deve ser apresentado na Demonstração de Resultados do exercício como Receita (no caso de lucro) ou Despesa (no caso de prejuízo) não Operacional.




Métodos de Depreciação


Há vários métodos de depreciação, entre os quais, cumpre mencionar:
·         Método Linear
·         Soma dos Dígitos
·         Método Exponencial
·         Máquinas / hora
O método mais utilizado no Brasil é o método linear.

Depreciação Linear 


Seja t = 0,1,2,...,n o período de vida de um equipamento a ser depreciado em n períodos. Seja Vo o valor inicial do equipamento e Vr o valor residual contábil ao fim do período n. Neste caso, a depreciação anual será constante e igual a : 
 d = Vo - Vr
         n
Decorridos k períodos, 0 ≤ k ≤ n, tendo em vista que o valor do bem terá sofrido k deduções
iguais a d , o valor contábil Vk será 
Vk = Vo - k ( Vo - Vr )
                       N

O valor contábil do bem decrescerá linearmente, até igualar o valor residual.

NBC T 19.10 - Redução ao Valor Recuperável de Ativos.

 Valor residual é o valor estimado que uma entidade obteria pela venda do ativo, após deduzir as despesas estimadas de venda, caso o ativo já tivesse a idade e a condição esperadas para o fim de sua vida útil.

Fonte: http://www.normaslegais.com.br/legislacao/resolucaocfc1110_2007.htm


Definição do Valor Contábil: Valor Contábil é o valor do bem ao término do período n, ou seja, quanto vale contábil o prédio ou equipamento ou veículo se fosse vendê-lo ao término do período n.

A revenda de um bem pode gerar lucro ou prejuízo.



Valor da Máquina
(-)
Depreciação Acumulada
=
Valor Contábil
Valor de Venda
(-)
Valor Contábil
(=)
Lucro

Regras:
1-      valor contábil - valor de revenda:
lucro : contribuição IR
prejuízo : crédito IR
2-      Valor residual contábil = valor inicial do investimento – valor das depreciações
Se o valor residual real (mercado)
> valor residual contábil - lucro contábil (pagamento de IR)
= valor residual contábil - não afeta a análise do fluxo de caixa
< valor residual contábil - prejuízo ( crédito de IR)

 Exemplo:
Um veículo comprado por R$ 10.000,00. Taxa de depreciação 20%. Vida útil do veículo 5 anos.

Valor do Veículo
R$ 10.000,00
Taxa de depreciação
20%
Cálculo multiplicando o valor pela taxa de depreciação. (VALOR DA DEPRECIAÇÃO POR PERÍODO)
R$ 10.000,00 x 20% = R$ 2.000,00
Aplicando a fórmula:
 d = Vo – Vr  , como não temos valor residual
         n


Considerando o exemplo acima, vamos supor que o veículo foi depreciado por dois anos e logo após vendido pelo valor de R$ 5.400,00. Este negócio teve lucro ou prejuízo?

Valor do Veículo
R$ 10.000,00
Taxa de depreciação
20%
Depreciação por ano
d = Vo – Vr 
         n
d=10.000,00-0 = 2.000,00
         5
O veículo deprecia 2.000,00 por ano, assim, em dois
 anos a depreciação total é R$4.000,00
Valor Contábil (Vk)
Aplicando a fórmula:
 Vk = Vo – k ( Vo – Vr )
                       N
Vk= 10.000,00 – [2(10.000-0,00)]/5 = 6.000,00

Resultado da venda
Valor da Venda – Valor Contábil = lucro ou prejuízo
5.400 – 6.000 = -600
Conclusão: Prejuízo!!!



 Exercícios                             Gabarito
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